PALHAÇOS CONQUISTAM SORRISOS

<>

A experiência vivida com o Palco, no Festival Grito Rock desse ano no CECAC, provocou no público algo que já havíamos sentido no Festival Independente Ou Morte em setembro do ano passado com a primeira vinda pra Serrana do Grupo Zibaldoni (Coletivo Fuligem Rib.Preto) e no mini-festival Natal e Outras Utopias com a oficina emocionante do Coletivo Colmeia: a certeza da integração das artes nos eventos do Fora-do-Eixo/CECAC.

A linguagem do Palco nos eventos de música, utilizando muito bem o conceito de intervenção, gera tanto no público presente quanto nos participantes (músicos, atores e outros) uma auto-valorização do fazer artístico. Estar num evento com sua banda e dividir a programação, atenção e sentimentos com os palhaços do Grupo Zibaldoni, reafirma o ambiente autônomo criado pela cena independente. A cumplicidade fica cada dia mais fortalecida quando criamos o hábito de proporcionarmos dentro da mesma manifestação, excelentes bandas defendendo seus trabalhos autorais e os obreiros artistas do palco, alegrando e provocando o público. Aqui no nosso Grito, os palhaços chamaram a atenção, arrancaram risos de meninos e marmanjos. Suaram o rosto como as bandas de rock que tocaram antes e depois da performance, e conquistaram de fato o público. Em breve o que é um evento da música, ficará meio difícil de discriminar como um encontro de bandas. Avançaremos cada dia pro conceito e realização integral das artes nos eventos. Aqui em Serrana a pergunta corrente já não é mais restrita às bandas que passam e todos querem saber quando irão voltar, mas se iremos ter os palhaços do último evento. Acho que por aqui, o sentimento caipira da música na mesma ciranda da brincadeira, já tem seus heróis na dupla de palhaços.